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domingo, 23 de fevereiro de 2014

LINGUAGEM RELIGIOSA

A linguagem religiosa tem se mostrado através dos tempos um instrumento poderoso de manipulação, sendo utilizada por muitos indivíduos, o que pode torná-la perigosa, ilusória, falsa e até destituída de valor. 

Tanto a fala quanto os textos religiosos se alternam entre linguagens literais e simbólicas, as quais são determinantes para o entendimento de conteúdos, possibilitando a sua interpretação e comunicação por meio de uma linguagem acessível a todos. 

Categorias como vida eterna, morte eterna, cura, anjos, graça, morte expiatória e Deus são parte do acervo linguístico religioso, o que torna evidente a necessidade de uma correta interpretação da linguagem e do texto bíblico.

A linguagem religiosa se manifesta por meio de diversos gêneros literários, tais como: poético, narrativo, jurídico, profético, sapiencial, parenético, etc. 

Outra singularidade desses textos é que, ao mesmo tempo que se expressam em um linguagem religiosa, orientam o uso da linguagem de diferente formas e sentidos. Veja os exemplos a seguir:

"Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo" (Provérbios 25:11).

" A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um" (Colossenses 4:6)






LINGUAGEM MÍSTICA / MÍTICA

Muitos estudiosos da linguagem afirmam que os mitos presentam importantes lições para a vida real. Segundo eles, foi a experiência do mito que deu origem à linguagem simbólica tão comum na atualidade. Nesse sentido, não podemos negar que a linguagem mitológica constitui uma fala histórica. em função disso, não seria conveniente, ou mesmo responsável, afirmar que todo mito é uma mentira. 

Por fim, a linguagem mítica é própria para transmitir aquilo que lhe é peculiar, ou seja, seu formato épico textual e seu discurso singular que não pode ser transmitido nos padrões da verdade, no modo como a entendemos. 

A imagem abaixo faz referência ao mito de Narciso, um dos mais famoso da mitologia grega. 







LINGUAGEM ARTÍSTICA

A transmissão das mensagens na linguagem artística é caracterizada pelo apelo ao subjetivismo, às fantasias e às emoções. Ela se faz presente nos incontáveis canais de comunicação. 

Em cada época se observam múltiplas formas de linguagem artística, que geralmente estão inter-relacionadas com a cultura, a política, a economia e a filosofia circunstanciais. Nos dias atuais, por exemplo, o artista pode fazer uso de variados instrumentos e tecnologias, tais como celulares, laser, computadores, softwares e até satélites.

A Arte é uma das mais livres formas de linguagem, e não há limites para ela, especialmente se pensarmos na integração entre países e lugares distintos, ou ainda nos diferentes formatos de massa (murais, outdoors tradicionais e eletrônicos, computador, cinema, televisão, etc.) predominantes na contemporaneidade.

A linguagem artística tem sido, através dos tempos, um instrumento singular usado para protestos e questionamentos.

Em 1922, a Semana da Arte Moderna, São Paulo marcou o forte avanço da linguagem artística no Brasil.




LINGUAGEM SECUNDÁRIA



Segundo Yuri Lotman

A arte, o mito e a religião estão no grupo da linguagem secundária, pois, em sua essência, não constituem simples reproduções de modelos, mas uma estrutura para análise e possibilidade de novos arranjos.


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